Depois de não conseguirmos fazer acontecer, pertinho da
data marcada, a II JORNADA ESTADUAL DE CATEQUESE em Porto Alegre, no
Gigantinho, por não permitirem colocar mais de 3500 pessoas e nós esperarmos
mais de 6000, foi preciso encontrar outro local que pudesse acolher nossos
catequistas.
E encontramos este local em Caxias do Sul, nos Pavilhões da
Festa da Uva, cuja Diocese assumiu com a Comissão de Animação
Bíblico-catequética do Regional Sul 3 esta missão.
Desde às seis horas da manhã, os
ônibus trazendo catequistas de todas as regiões do nosso Rio Grande do Sul,
começaram a chegar nos Pavilhões da festa da Uva em Caxias do Sul. Trazendo
além de muitas expectativas boas em seu coração, seu mate, sua cadeira e seu
lanche. Mostrando que nada era empecilho para participar deste grande momento
da Animação Bíblico-catequética do nosso Regional Sul 3.
Às nove horas, com o Pavilhão 2 já repleto com os
catequistas gaúchos, iniciou-se a II JORNADA ESTADUAL DA CATEQUESE com a
animação de Pe. Ezequiel Dal Pozo e sua banda e a Ir. Ângela Soldera da equipe
de Animação Bíblico catequética do Regional Sul 3.
A abertura do e-vento foi realizada por Dom Alessandro
Ruffinoni, bispo da Diocese de Caxias do Sul, que estava nos recepcionando;
logo seguido por Dom Jaime Spengler, bispo coordenador do Regional Sul 3
da CNBB e pelo Prefeito Municipal de Caxias do Sul, Daniel Guerra, que
também foi catequista, companhado de sua esposa.
Dom Jacinto Bergman explicou o processo que seria
vivenciado ao longo do dia.
Estavam presentes doze dos nossos bispos do Rio Grande do Sul.
D. Rodolfo Webwer - arcebispo de Passo Fundo
Realizada a abertura da Jornada começamos a celebrar!
D. Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre
D. Jacinto Bergmann, arcebispo de Pelotas
D. Alessandro Rufinoni - Caxias do Sul
D. Paulo de Conto - Montenegro
D. Adelar Baruffi - Cruz Alta
D. Aloisio Dilli - Santa Cruz
D. Jaime Kohl - Osório
D. Liro Meurer - Santo Ângelo
D. Gilio Filicio - Bagé
D. Remidio Bohn - Cachoeira do Sul
D. Donizete - bispo auxiliar de Porto Alegre e também bispo referencial da AB-C Sul 3
D. Leomar Brustolin - bispo auxiliar de Porto Alegre
Ficamos muito contentes com a presença dos nossos pastores!
Muitos dos nossos padres e quase 7000 catequistas. Glória a Deus!
Realizada a abertura da Jornada começamos a celebrar!
E todos os catequistas foram convidados
a participar do RITO DA
ASSINALAÇÃO - presidido
por Dom Rodolfo Weber.
Com.: No processo de Iniciação a Vida Cristã, o
primeiro rito que marca a caminhada Catecumenal é a assinalação da fronte e dos
sentidos. Inspirados no livro do Apocalipse, a Igreja marca os que se tornarão
cristãos, para que o ser humano todo, em seus diversos sentidos, pertença a
Jesus Cristo. Participemos desta celebração.
Cantores: Queremos ver Jesus, caminho, verdade e
vida! (Turra).
Dom Rodolfo: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e, a comunhão do Espírito Santo estejam sempre convosco.
Todos: Bendito seja Deus para sempre.
Dom Rodolfo: A vida eterna consiste em conhecermos o verdadeiro Deus e Jesus
Cristo, que ele enviou. Ressuscitando dos mortos, Jesus foi constituído, por
Deus, Senhor da vida e de todas as coisas, visíveis e invisíveis. Se vocês
querem ser discípulos seus e membros da Igreja, é preciso que vocês sejam
instruídos em toda a verdade revelada por ele; que aprendam a ter os mesmos
sentimentos de Jesus Cristo e procurem viver segundo os preceitos do Evangelho;
e, portanto, que vocês amem o Senhor Deus e o próximo como Cristo nos mandou
fazer, dando-nos o exemplo. Cada um de vocês está de acordo com tudo isso?
Catequistas: Estou.
Dom Rodolfo: Catequistas, vocês estão dispostos a ajudar àqueles que pedem a fé a encontrar e seguir Jesus?
Catequistas: Estou.
Dom Rodolfo: Pai de bondade, nós vos agradecemos por estes vossos filhos e filhas, que de muitos modos inspirastes e atraístes. Eles vos procuraram, e responderam na presença desta santa assembleia ao chamado que hoje lhes dirigistes. Por isso, Senhor Deus, nós vos louvamos e bendizemos.
Catequistas: Bendito seja Deus para sempre. (cantado).
Dom Rodolfo: Queridos
catequistas, Cristo chamou a vocês para serem seus amigos; lembrem-se sempre
dele e sejam fiéis em segui-lo! Para isso, vou marcar vocês com o sinal da cruz
de Cristo, que é o sinal dos cristãos. Este sinal nos lembra de Cristo e de seu
amor por nós.
Com.: Coloquemo-nos
em dupla, um de frente ao outro e tracemos o sinal da cruz no outro, conforme
for sendo indicado pelo canto.
Os bispos
presentes, mais alguns presbíteros fizeram a assinalação nos 18 coordenadores
representantes das dioceses que compõem o Regional Sul 3 da CNBB.
Cantor: Recebam na fronte o sinal da cruz, viva com alegria de Cristo
Jesus.
Cantor: Recebam nos olhos o sinal da cruz, contemple
em sua vida o que Deus conduz.
Cantor: Recebam na boca o sinal da cruz, para anunciar a boa nova de Jesus.
Cantor: Recebam no peito o sinal da cruz, para que Cristo habite em seu
coração.
Cantor: Recebam nos
ombros o sinal da cruz, carreguem o suave julgo de Cristo Jesus.
Dom
Rodolfo: Eu marco vocês com o
sinal-da-cruz: em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, para que vocês
tenham a vida eterna.
Todos: Amém.
Cantores: Gloria a ti, Senhor, toda a graça e louvor.
Dom
Rodolfo: Oremos.
Deus
todo-poderoso, que pela cruz e ressurreição de vosso Filho destes a vida ao
vosso povo, concedei que estes vossos filhos e filhas, marcados com o
sinal-da-cruz, seguindo os passos de Cristo, conservem em sua vida a graça da
vitória da cruz e manifestem por palavras e gestos. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém!
Cantores: No peito eu levo uma cruz, no meu coração o que disse
Jesus!
O
animador da II JORNADA, Pe. Wilson, da Arquidiocese de Pelotas e membro da
Equipe de Animação Bíblico-catequética do Regional Sul 3, fez uma breve introdução para o rito
de entrega da Palavra de Deus.
Dom
Hélio Adelar, presidiu o RITO DA ENTREGA DA PALAVRA DE DEUS.
Comentarista: A Palavra de Deus é a fonte primeira de todo o Processo Catecumenal, acolhamos com alegria a Palavra de Deus.
Um dos leitores, catequista Marlene Faleiro,
coordenadora da AB-C da Diocese de Santo Ângelo, carregou o Lecionário, à
frente de uma procissão composta por catequista de sua diocese, com velas e
ânforas com água, e o depositou, na mesa da Palavra, enquanto
cantávamos:
Comentarista: Aproximem-se da mesa da
Palavra os que receberam a Bíblia.
E os 18 representantes das dioceses subiram
ao palco. Os bispos e alguns presbíteros entregaram a eles uma bíblia grande,
enquanto Dom Hélio dizia:
Dom Hélio: Recebe o livro da Palavra de Deus.
Que ela seja luz para tua vida. Crê no que lê, vive o que crê e
anuncia Jesus com a tua vida.
Catequista: Amém.
Ao
som do canto: Tua Palavra é lâmpada para os meus pés, os representantes
das dioceses receberam a Palavra para levar para as suas dioceses,
através da Bíblia.
A Leitora proclamou a Palavra em At 8,26-40, que narra o encontro do apóstolo Felipe com o eunuco, na Fenícia.
a Leitura outra
vez.
E chegou o momento de sermos abençoados com a presença da mãe, Nossa Senhora de Aparecida, imagem peregrina que saiu de Aparecida para visitar as nossas dioceses do sul do país.
O animador Pe. Wilson, fez uma
breve introdução ao próximo rito - o da luz e o da água.
vez.
Dom Leomar Antônio Brustolin,
Bispo Auxiliar de Porto Alegre, fez a
primeira catequese do dia - O QUERIGMA E MISTÉRIO PASCAL - através da Leitura orante do
texto bíblico proclamado.
A Leitura orante da Palavra
percorre quatro passos:
1.Leitura
2.Meditação
3.Oração
4.Contemplação
1 LEITURA
Foi lido o Texto de Atos 8,
26-40
2 MEDITAÇÃO
QUEM É FILIPE? Diácono na Igreja nascente. Ele recebe a ordem de ir para a estrada que vai de
Jerusalém para Gaza, em direção ao Egito e daí para a Etiópia. O anjo
personifica a vontade deus. A iniciativa de toda missão é de Deus. Ele quer,
ele orienta e encaminha. Filipe nada sabe, apenas obedece.
Fiquemos atentos às
ações do texto e o que elas indicam.
VAI - A inciativa da
catequese é de Cristo, não é nossa. O Senhor manda anunciar o seu nome. Ele
continua a libertar e salvar.
PREPARAR – o catequista
precisa formar-se e informar-se.
IR – sair, ir ao
encontro, não ficar esperando, “primeirar”
AO DESERTO – os
desertos de hoje – quais são? Jovens, crianças, adultos, famílias, idosos,
situações especiais. Ao sair de onde,
muitas vezes passamos pelo caminho do deserto da incompreensão dos outros e da
família, do desafio de ter que conviver em comunidade.
LEVANTAR – obriga a
se desinstalar, sair da situação cômoda, sair do fracasso e do desânimo.
IR – aproximar.
O catequista não é alguém que faz muitos pedidos ao seu Senhor, ele gasta muito
mais tempo escutando o que o seu Senhor pede.
Apareceu um eunuco etíope, administrador geral. Tinha ido a Jerusalém em peregrinação, e estava voltando para casa. Ia sentado em seu carro, lendo o profeta Isaías.
QUEM
É O MINISTRO ETÍOPE? A Etiópia ou Núbia ficava ao sul do Egito e era a porta da
África Negra. Era governada por rainhas que tinham o título de Candace (rainhas
guerreiras do Reino de Méroe). O etíope é negro, escravo e eunuco, isto é, um
homem castrado para servir uma rainha, segundo o costume do tempo. É culto e cortês. Ministro do país. Era um
alto funcionário, um ministro, mas escravo. Ele tinha ido a Jerusalém, mas no
Templo um eunuco não podia frequentar as reuniões. (Dt 23,2). Ele adorava o Deus de Israel e conseguira
comprar em Jerusalém uma Bíblia em grego. Lia o profeta em voz alta, como era costume na
época.
A passagem é Isaías 53, 7-8, uma das passagens
preferidas pelos primeiros cristãos para compreender Jesus. Trata da humilhação e exaltação do Servo de
Deus, morto por procurar a justiça, mas Deus o ressuscitará e lhe d´par muitos
seguidores.
Fiquemos atentos ao texto e
o que ele indica.
PEREGRINO – como aquele
etíope, muita gente é romeiro também hoje, tem religiosidade, tem fé.
SENTADO – mas está, como
ele, muitos estão acomodados em seu
mundo e em sua religiosidade.
LENDO – até se interessam: leem
a Bíblia, livros, novenas, etc.
Fiquemos atentos ao texto e
o que ele indica.
APROXIMAR – cabe ao
catequista aproximar-se dos desertos, especialmente daqueles que ninguém
procura.
ACOMPANHAR – significa ver,
escutar, caminhar junto.
Não significa anunciar
primeiro, antes é preciso perceber a pessoa e suas necessidades.
Filipe correu, ouviu o eunuco ler o profeta Isaías, e perguntou: «Você entende o que está lendo?» O eunuco respondeu: «Como posso entender, se ninguém me explica?»
Fiquemos atentos ao texto e
o que ele indica.
CORRER – é preciso correr para alcançar a pessoa .
OUVIR, VER – é acompanhar.
PERGUNTAR – interessar-se:
germe do querigma: pergunta
COMO
POSSO ENTENDER – é preciso caminhar com
o outro, ir ao encontro dos afastados, caminhar com eles, perceber suas
perguntas, caso contrário ficamos dando respostas para perguntas que não estão
sendo feitas e geralmente não respondemos às novas questões que crianças e
jovens se impõem. O etíope quer ser conduzido... Hoje também muitos querem e
precisam.
NINGUÉM
ME EXPLICA – Muitas pessoas ficam apenas com uma prática religiosa que quase
nunca se baseia na Palavra, mas apoiam-se em crenças, lendas, crendices,
tradições. É preciso ser Igreja, isso só ocorrerá se catequistas também
procurarem ir ao encontro do que o Senhor quer e ajudar seus irmãos e irmãs a
ouvir o Senhor.
Filipe sobe e a senta-se junto a ele. A passagem da Escritura era esta: «Ele foi levado como ovelha ao matadouro. E como um cordeiro perante o seu tosquiador,..»
O eunuco disse: «Por favor me explique: de quem o profeta está dizendo isso? Filipe foi explicando e anunciou Jesus ao eunuco.
Fiquemos atentos ao texto e
o que ele indica.
Anunciar Jesus Partindo da
Escritura... Filipe anuncia-lhe Jesus como felicidade que lhe é proposta.
É Jesus que está presente
nessa explicação, este anúncio é uma experiência do encontro.
Jesus está presente na
Escritura como que coberto por um véu, somente
o seu Espírito pode levantar esse véu e dar a conhecer (2 Cor 3,6-18).
Filipe abre a boca – é
importante o que irá dizer
O Cordeiro da passagem de
Isaías não abre a boca, sem voz (v,.32)
Jesus, mudo durante a sua paixão, agora fala
ressuscitado, pelos seus enviados.
EIS O MISTÉRIO PASCAL: Em
Cristo Deus amou a humanidade e todo que acolhe Cristo recebe a salvação.
Mistério, ou sacramento:
desígnio salvífico de Deus de nos salvar em Cristo
DEIXAR-SE CONVIDAR – subir e
sentar para se aproximar mais ainda
LER E EXPLICAR – partir do
que a pessoa se interessa; o ponto de partida não é nosso, mas do catequizando
ou catecúmeno.
ANUNCIAR JESUS – querigma,
anunciar quem é Jesus, o amor que ele revelou, a salvação que promete como dom
do Pai, pelo Filho no Espírito.
Como Filipe, precisamos
mostrar que Cristo sacia toda sede da humanidade, mas é o Cristo Crucificado e
ressuscitado. Não podemos anunciar outro Cristo.
Explicar as escrituras é
buscar o sentido da história da salvação na nossa história concreta. É preciso
narrar, com calma, concretamente mostrar quem é Jesus.
As pessoas, como o etíope da
passagem, não conhecem a Cristo.
Nascer num país católico
como o Brasil, na atualidade, não é
garantia de saber quem de fato é Jesus Cristo. É preciso um querigma, um
primeiro anúncio.
Continuando o caminho, chegaram a um lugar onde havia água. O eunuco disse a Filipe: «Aqui existe água. O que impede que eu seja batizado?» Filipe: «É possível, se você acredita de todo o coração.» O eunuco: «Eu
acredito que
Jesus Cristo é o Filho de Deus!»
Fiquemos atentos ao texto e
o que ele indica.
CONTINUAR O CAMINHO: seguir
aprofundando e conhecendo mais: catecumenato.
PERGUNTA: O QUE IMPEDE? – a
decisão é da pessoa e não da comunidade ou do catequista: a pessoa deve querer
e pedir e não se pode impor.
É POSSÍVEL SE CRER – mostrar
as condições para ser batizado: crer e acolher o que Jesus pede, mesmo que a pessoa não esteja
pronta( depois virá a mistagogia).
CREIO EM JESUS CRISTO, FILHO
DE DEUS – síntese do que significa ser discípulo e conformar a vida segundo ele
.
Batismo – sacramento
pascal. A catequese primitiva terminava com o Batismo.
Filipe provavelmente falou
disso para o etíope.
Diante da água e de Filipe,
o etíope pede o Batismo. Este é o selo de adesão e compromisso com Cristo. O
etíope decide fazer parte dos discípulos de Jesus ( pertença)
Filipe diz: Nada impede se
você acredita de todo coração. É no mais íntimo da pessoa que se decide o
compromisso com Jesus.
Depende da decisão da pessoa
e não do apóstolo e do catequista.
O Etíope diz: Eu acredito
que Jesus é o Filho de Deus. Ele crê e por isso se compromete em testemunhar
por palavras e ações quem é Jesus.
.A função do catequista é
fazer a pessoa pedir o batismo ( a eucaristia e a crisma). Não é impor. Nem
todos pedirão. É preciso respeita a liberdade humana.
A pessoa deve querer Jesus,
ser discípulo . Isso nem sempre é claro e vem explícito, mas é preciso estar
atento e acolher.
Filipe batizou o eunuco. o Espírito arrebatou Filipe. O eunuco prosseguiu sua viagem, cheio de alegria.
Fiquemos atentos ao
texto e o que ele indica.
BATIZAR – iniciar a pessoa
no mistério pascal, torná-la discípula.
DESAPARECER – o catequista
não atrai para si, mas para Cristo, pois a pessoa precisa se vincular a Jesus
em comunidade, mas não confundir a amizade com o seguimento.
PROSSEGUIR O CAMINHO CHEIO
DE ALEGRIA – quem encontrou Jesus encontrou o que havia de melhor possível
nesta vida, por isso se alegra, como Maria > Minha alma exulta de alegria no Senhor.
Batismo, páscoa: novo povo.
E Filipe batizou o Eunuco:
Entra para o Povo de Deus aquele que antes era de outro povo, era etíope, faz
parte da raça eleita onde não há discriminações ( antes era negro), tem outra
classe social, onde todos tem os mesmos direitos ( antes era escravo), encontra
seu lugar nessa família ( não é mais marginalizado pro ser castrado).
A porta está aberta para
todos.
Os cristãos não podem
discriminar, mas quem adere a Jesus Cristo precisa fazer rupturas com o velho
homem e dar um salto de qualidade que o faça entender a graça recebida no
batismo.
Terminado o Batismo, Filipe
desaparece, sinal de que ali sua missão havia terminado.
O etíope prossegue viagem,
cheio de alegria. A conversão e o batismo levam a uma nova vida confirmada pela
alegria, sinal da satisfação de Deus e do ser humano.
Alegria do Evangelho: testemunhar
a Alegria do Evangelho. Exemplo da menina que fez uma prece espontânea na missa
da catequese: Senhor, fazei que os maus se tornem bons e que os bons se tornem
alegres.
SEGUIR – EVANGELIZAR O
catequista começa cada processo como se fosse o primeiro, o único e o último. A
iniciação à vida cristã segue exatamente esse caminho
Aproximar-se das pessoas que
buscam a Deus de coração sincero.
Perceber a situação da
pessoa e suas perguntas.
Anunciar Jesus Cristo o
homem- Deus que morreu e ressuscitou. Só ele sacia toda sede do coração humano.
Aprofundar o sentido da fé
em Cristo, prosseguindo pelo caminho.
Acolher o pedido de quem
quer ser cristão quer entrar no mistério
pascal.
Oferecer o dom que é a graça
Deixar que a pessoa prossiga
na vida
3. ORAÇÃO
Senhor, eis-me aqui, se tu queres,
envia-me.
Liberta-me da tentação de deixar tudo
como está, de preferir ficar no meu canto para não me incomodar.
Quero percorrer os teus caminhos, ir aos
desertos de nossas cidades, vilas e campos.
Lá onde estão as pessoas, meus irmãos e
irmãs, em busca de paz e salvação.
Ensina-me a caminhar com as pessoas e
não ser um intruso ou uma intrusa.
Quero respeitar mais as pessoas a serem
evangelizadas, suas PERGUNTAS, suas frustrações e esperanças.
Cuida Senhor que eu não me imponha e acabe perdendo a sensibilidade de
escutar.
Que eu fale menos e escute mais.
Que eu não só ensine, mas aprenda
também.
Envia-me, para explicar as Escrituras.
Que eu renove meu amor às Escrituras. Que eu leia mais a Bíblia. Que eu não
fuja da Leitura Orante da Bíblia, pois ela me faz mais próximo de ti.
Converte-me Senhor!
Que eu coloque o teu nome em primeiro
lugar, que meu olhar esteja fixo em ti,
para que meus pés caminhem em tua estrada.
Quando desvio meu olhar, escolho atalhos
que me levam ao desvio. Quero ter os olhos fixos em ti Jesus.
Que eu saiba respeitar o querer das
crianças, jovens e adultos da catequese. Que eu não me frustre com aqueles que
desistem do caminho, tampouco me acomode a ponto de não ir mais ao encontro dos
que se afastaram.
Enfim Senhor Jesus, eu reconheço que ter
te encontrado foi o melhor que ocorreu
em minha vida e fazer-te conhecido amado por minhas palavras e obras é minha
maior alegria.
Que eu tenha, enfim, a humildade de
entender que a obra da evangelização não é minha.
Que eu saiba levar todos catequizandos
bem perto de ti e depois saia lentamente, na ponta dos pés, para não atrapalhar
o abraço amoroso que tens para eles.
Este abraço eu também recebi um dia e
por isso estou aqui.
4.CONTEMPLAÇÃO
Não são palavras, nem
propósitos, nem mesmo gestos. É um
atitude de com-templar, isso é, ver com
os olhos do templo, onde está Deus. É colocar-se diante de Alguém. Por isso não
é uma técnica, um método, ou uma receita, é um jeito de ser.
Foi um privilégio poder
falar para os catequistas do Rio Grande o Sul. Deus conduza todos esses Filipes
aos muitos desertos para que a água que jorra da Palavra atinja a muitos que
perambulam buscando a felicidade que somente o Cristo pode oferecer. Muito
obrigado.
E chegou o momento de sermos abençoados com a presença da mãe, Nossa Senhora de Aparecida, imagem peregrina que saiu de Aparecida para visitar as nossas dioceses do sul do país.
Ao clamor de "Santa Mãe Maria, és a
padroeira do Brasil!",
os catequistas de pé aplaudiram a chegada de
Nossa Senhora com muita emoção.
Dom
Aloísio Dilli, presidiu a celebração do rito da água e da luz.
Os representantes das dioceses ficaram no palco e receberam
uma vela comemorativa do evento para levar as suas dioceses, que foi acesa no
círio pascal, pedindo que a luz de Jesus iluminasse a nossa caminhada na
iniciação à vida cristã.
Iniciou-se, então, o rito da água.
Dom Aloísio Dilli: Meus irmãos e minhas irmãs, invoquemos o Senhor nosso Deus
para que se digne abençoar esta água, que vai ser aspergida sobre nós,
recordando o nosso batismo. Que ele se digne renovar-nos, para que permaneçamos
fiéis ao Espírito que recebemos.
Dom Aloísio Dilli: Senhor
nosso Deus, velai sobre o vosso povo neste dia em que celebramos a maravilha da
nossa criação e a maravilha ainda maior da nossa redenção, dignai-vos + abençoar esta água.
Fostes vós que a criastes para fecundar a terra, para lavar
nossos corpos e refazer nossas forças. Também a fizestes instrumento da vossa
misericórdia: por ela libertastes o vosso povo do cativeiro e aplacastes no
deserto a sua sede; por ela os profetas anunciaram a vossa aliança que era
vosso desejo concluir com a humanidade; por ela finalmente, consagrada pelo
Cristo no Jordão, renovaste pelo banho do novo nascimento, a nossa natureza
pecadora. Que esta água seja para nós uma recordação do nosso batismo.
Dom Aloísio: Meus
irmãos e minhas irmãs, pelo Mistério Pascal fomos no batismo sepultados com
Cristo para vivermos com ele uma vida nova. Renovemos as promessas do nosso
batismo:
Dom Aloísio: Para
viver na liberdade dos filhos de Deus, renunciais ao pecado?
Dom Aloísio: Para
viver como irmãos e irmãs, renunciais a tudo que vos possa desunir, para que o
pecado não domine sobre vós?
Dom Aloísio: Para
seguir Jesus Cristo, renuncias ao Demônio autor e princípio do pecado?
Dom Aloísio: Credes
em Deus, Pai todo Poderoso, criador do céu e da terra?
Dom Aloísio: Credes em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, que
nasceu da Virgem Maria, padeceu e foi sepultado, ressuscitou dos mortos e subiu
ao céu?
Dom Aloísio: Credes no Espírito Santo, na santa Igreja Católica, na
comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição dos mortos e na
vida eterna?
Dom Aloísio: O Deus Todo Poderoso, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que
nos fez renascer pela água e pelo Espírito Santo e nos concedeu o perdão de
todo pecado guarde-nos em sua graça para a vida eterna, no Cristo Jesus, nosso
Senhor.
Todos: Amém.
Os 18 catequistas aspergiram o povo, embalados ao som do
canto "Banhados em Cristo"...
Ir. Maria Aparecida Barbosa deu a segunda catequese do dia - a MISTAGOGIA.
2ª CATEQUESE: MISTAGOGIA
Queridos
catequistas, com a realização da II Jornada Estadual de Catequese, a caminhada bíblico-catequética
em nossas Dioceses ganham num novo brilho: o brilho da inspiração catecumenal
em todo processo educativo da fé. Os
novos tempos e cenários questionam nossa maneira de transmitir à fé às novas
gerações. Pela fragilidade no anúncio, numa época onde se acentua o crescimento do secularismo e da indiferença
religiosa, nossos bispos vêm reforçando
a importância da formação de discípulos missionários de Jesus Cristo.
Para esta missão, se busca o caminho de uma catequese de inspiração catecumenal
como eixo condutor de toda ação evangelizadora. Os tempos e as etapas (passar
portas e subir degraus) oferecem uma catequese integral, um caminho onde há
processos da iniciação, desde o querigma e conversão, até o discipulado, a
comunhão e a missão[1].
A inspiração
catecumenal que propomos é muito mais do que uma metodologia, é uma mística,
que nos convida a entrar sempre mais no mistério do amor de Deus. Um caminho,
um desejo que nunca acaba.
À luz
da desta pedagogia, nossa Igreja volta às fontes do Cristianismo e repropõe o
catecumenato, com seus Tempos e Etapas como um caminho seguro (processo progressivo de desenvolvimento da fé) e fecundo do encontro com Jesus
Cristo, da inserção na comunidade e vínculo de pertença eclesial e a prática da
caridade social.
A
mistagogia indica o último período do Catecumenato antigo e acontece ao longo
do Tempo Pascal até o Pentecostes. Enquanto a purificação e iluminação
ocorriam na quaresma, com uma preparação intensa para a recepção dos
sacramentos da Iniciação Cristã. A mistagogia no tempo pascal, era onde os
cristãos aprofundavam os mistérios da fé, tornando uma criatura nova. Toda
Comunidade acompanha este processo iniciático. Neste período “se obtém o conhecimento mais completo
dos mistérios através das novas explanações e, sobretudo da experiência dos
sacramentos recebidos”[2].
Este tempo é caracterizado pela experiência
vivencial dos sacramentos e pelo ingresso na
comunidade. Nele há o aprofundamento progressivo e gradual do mistério pascal e vivência
cristã. Neste processo é necessário que a comunidade seja acolhedora dos novos
catecúmenos, os novos cristãos. Espera-se também, que a comunidade seja uma
comunidade de fé, missionária, testemunha de Jesus Cristo e comprometida com a
caridade solidária.
Mas
o que é mistagogia? O termo mistagogia tem sua origem em dois vocábulos gregos:
mystes, que significa mistério, e agein, que significa conduzir.
Mistagogia adquiri o sentido de conduzir/iniciar ao conhecimento do mistério. É
o deixar-se conduzir e
educar-se pelo mistério.
O
tempo da mistagogia se caracteriza pelo tempo da educação para o mistério. É a
pedagogia da fé, onde o catequisando é introduzido no mistério através da
celebração dos sacramentos da Iniciação Cristã, do aprofundamento e vivência do
Mistério: Paixão, morte e ressurreição de Jesus. A mistagogia possibilita obter
um conhecimento “mais completo e frutuoso dos “mistérios” através das novas
explanações e, sobretudo, da experiência dos sacramentos recebidos”.[3]
A partir dessa experiência que todo cristão possui e cresce pela prática da
vida cristã, os recém-iniciados adquirem novo senso da fé e da Igreja do mundo.
Para
os padres da Igreja, a mistagogia é: “um
ensinamento organizado para fazer entender aquilo que os sacramentos significam
para a vida, mas que supõe a iluminação da fé que brota dos sacramentos; aquilo
que se aprende na celebração ritual dos sacramentos e aquilo que se aprende
vivendo de acordo com o que os sacramentos significam para a vida”. O
método mistagógico identifica três elementos:
·
A compreensão e a vivência dos
sacramentos celebrados à luz das Escrituras;
·
A valorização dos sinais sacramentais
(água, óleo, pão...);
·
A abertura da pessoa - fiéis para com
ação evangelizadora da Igreja e a transformação do mundo como expressão da nova
vida em Cristo.
Na
sistematização dos Padres da Igreja, a mistagogia é a vida da Igreja, em sua
dimensão espiritual, litúrgica, pastoral, contemplativa e escatológica. Esta
sabedoria é expressa nas obras patrísticas revelando os vários aspectos que
envolvem sua compreensão de mistagogia:
→ É fonte de abertura à dinâmica da Revelação;
→ É caminho, percurso, trajetória de adesão,
crescimento, aperfeiçoamento;
→ É participação nos ritos e celebrações litúrgicas;
→ É a Palavra acolhida e que revoluciona a dinâmica
pessoal e comunitária;
→ É
contemplação orante do Mistério que se revela na história da humanidade;
→ É a penetração progressiva até o encontro
definitivo com o Mistério de Deus;
É a Igreja sacramental e caminhante
no mesmo processo mistagógico. O Diretório Geral para a Catequese acentua que o
catecumenato é considerado modelo
inspirador ou fonte da catequese
pós-batismal (DGC, 98). Ao implementar uma catequese de inspiração
catecumenal, seguindo estes Tempos e Etapas,
a Igreja busca formar novos membros comprometidos com o mandado
missionário de Jesus e renovando a comunidade paroquial. Vamos ao texto bíblico inspirador desta
Jornada Estadual de Catequese. Em atos
8, 26-40, encontramos de forma muito clara, os passos iniciáticos de uma
catequese bíblico-vivencial. Ou melhor, uma catequese querigmática e
mistagógica. Nos versículos 27-35 (querigma); 36-40 (mistagogia).
“Eles prosseguiram o caminho e
chegaram a um lugar onde havia água.
Então o Eunuco disse a Filipe: Aqui tem água. Que impede que seu seja batizado?
O eunuco mandou parar o carro. Os dois
desceram para água e Filipe batizou
o eunuco. Quando saíram da água, o
Espírito arrebatou Filipe. O eunuco não o viu
mais e prosseguiu sua viagem, cheio de alegria. Filipe foi parar em Azoto. E,
passando adiante, anunciava a Boa – Nova em todas as cidades até chegar a
Cesareia.” (At 8, 36-40).
O catequista Filipe conduziu o eunuco ao mistério e despertou-o para o
seu protagonismo da fé: “ele seguiu sua jornada alegremente”. O que lhe deu
esta alegria? O conhecer quem é Jesus e pedir o batismo.
Ao pedir o batismo o
eunuco pede para ser inserido na comunidade cristã. Ele torna-se, agora, pertença
a um grupo, uma comunidade de fé, cria vínculos de amizade fraterna. Ambos
desceram e subiram da água (imersão e emersão). Tanto para a cultura semita
(verbo Tabal), como para a cultura grega, o verbo batizar significa imersão/
mergulho. O catecumenato, o tempo do aprofundamento do querigma (At 8, 29-35),
despertou na vida do eunuco o desejo de querer mais, de conhecer Jesus e seu
projeto de vida e missão. Santo Irineu, um dos padres da Igreja, refletindo
este texto ele diz: o eunuco voltou a Etiópia e tornou-se um missionário entre
seu povo.
O Papa Francisco comentando este texto
disse: “Enquanto o eunuco
ouvia, o Senhor trabalhava dentro dele. Deste modo, ele começa a perceber e
entender que a profecia de Isaías se refere a Jesus. A sua fé em Jesus então,
cresceu a tal ponto que, quando chegaram onde estava a água, ele pede para ser
batizado. “Foi ele quem pediu o Batismo, porque o Espírito tinha trabalhado no
coração”.
Na catequese mistagógica, o deixar-se
conduzir pelo Espírito, é imperativo. O Espírito
de Deus, renova nossas forças.
Revitaliza as nossas comunidades. Uma paróquia renovada evangeliza com o
coração. Faz-se necessário tocar o coração das pessoas. O Documento 100 da CNBB, nos diz que: “um dos grandes desafios da pastoral paroquial é fazer com que os
membros das comunidades cristãs percebam o estreito vínculo que há entre
Batismo, Confirmação e Eucaristia”.[4]
O encontro de Felipe com o Eunuco se
desenvolve num “caminhar construtivo”
que o conduz da teoria à prática,
e da explicação à ação e pertença.
A
caminhada exigiu de Filipe e o Eunuco uma pedagogia dinâmica e dialógica que
lhes permitiram o caminho da descoberta da fé. Trata-se de um encontro vital
com Jesus Cristo que é Palavra viva. Assim diz o Documento de Aparecida: “a iniciação cristã dá a possibilidade de uma
aprendizagem gradual no conhecimento, no amor e no seguimento de Cristo. Ela
forja a identidade cristã com as convicções fundamentais e acompanha a busca do
sentido da vida”. [5]
Passar
de uma catequese doutrinal para uma catequese experiencial. Após ter sido
batizado, o eunuco com o entusiasmo
e encantamento, prosseguiu a viagem
alegremente. A alegria é uma das grandes marcas do SER CRISTÃO. O Papa Francisco nos recorda que a alegria do
Evangelho enche o coração e a vida daqueles que se encontram com Jesus. E
lembra ainda: um anúncio renovado proporciona as pessoas uma nova alegria na fé
e uma fecundidade evangelizadora.
A
mistagogia é a iniciação à experiência do Mistério, à vida cristã enquanto experiência
do Mistério. O Mistério é Deus mesmo. É a realidade divina comunicada pelo Pai,
ao Filho e ao Espírito Santo, deles para a pessoa humana. A comunidade eclesial
se insere nesta perspectiva. É ela, em seu conjunto, que transmite a Tradição,
testemunha a fé e a interpreta. Ela é o espaço hermenêutico vital onde os fiéis,
em seus contextos pessoais, sociais e históricos, se inserem na trajetória viva
daqueles que receberam, viveram e transmitiram a fé cristã.
A
experiência mistagógica é caminho místico-sapiencial por ser integradora de
todas essas dimensões, respeitando o nascedouro da fé e seu diálogo fecundo com
a vida concreta. Ela nasce e se propaga na comunidade eclesial, renovada por
uma integração vital, no seio da tradição que se
faz experiência. A comunidade é o ambiente no qual a experiência nasce, e esta
mesma revivifica continuamente a mesma comunidade, até o dia em que, como diz
São Paulo, “cheguemos todos juntos à unidade na fé e no conhecimento
do Filho de Deus, ao estado de adultos, à estatura de Cristo em sua
plenitude”. (Ef 4,13).
Algumas pistas de ação para a implementação
de uma catequese mistagógica
1.
Centralidade da Palavra (Leitura Orante da Bíblia);
Acentuar a Palavra de Deus como fonte, inspiração
e fundamento da Catequese, bem como de toda Pastoral. Que ela seja a “alma
da teologia”, como já nos conclamou o Concílio Vaticano II na Dei Verbum, 24. A
Leitura Orante possibilita o encontro com Jesus Cristo;
2.
Educar os catequizandos para o cultivo, na leitura e meditação da
Palavra de Deus. Para isto, faz-se necessário rever e promover a formação
bíblica, sobretudo, na linha mistagógica. Em sua formação bíblica, o catequista
e todas as lideranças, realizem estudo orante dos textos querigmáticos do Novo
Testamento, de modo que possa ir ao núcleo fundamental da experiência cristã,
explicitando-a e aprofundando o querigma.
3. Integração da Catequese e liturgia. Faz-se necessário, desenvolver a
sensibilidade para a educação simbólico-ritual, cultivando a dimensão litúrgica da catequese. O Diretório Nacional
de Catequese afirma que a catequese como educação da fé e a liturgia como
celebração da fé são duas funções da única missão evangelizadora da Igreja;
4. Atenção especial aos processos
catequéticos: os desafios da transmissão da fé exigem de nós
hoje uma atenção especial aos processos mais que aos programas. O programa
supõe a ideia de um fio condutor estabelecido de antemão, enquanto que o
processo envolve a pessoa como um todo, em sua autonomia e em seu próprio
caminhar;
5.
Repensar e propor uma pedagogia iniciática e de
acompanhamento: renovar o modelo de transmissão da fé
não consiste somente na renovação de métodos. Mas é claro que uma transmissão
da fé iniciática exige uma pedagogia
iniciática, o que poderia ser descrito como “dar a mão a alguém, ou a um
grupo, para que comece a viver a experiência e tenha condições de percorrê-la”.
6.
Passar de uma catequese orientada para os sacramentos, para uma catequese que introduza
ao mistério de Cristo e à vida eclesial. Esta orientação requer que a catequese
volte ao centro da fé cristã a fim de fazer com que aqueles que a acolhem
possam viver com intensidade e contagiar novas pessoas[6].
7.
Garantir para os catequistas e demais evangelizadores uma
adequada formação de inspiração catecumenal:
elaborando itinerários adequados que correspondam à realidade humana e de fé
que estão vivendo, e garantindo, nesse processo, o acompanhamento pessoal e a
animação da comunidade, apropriando-se da riqueza das etapas do Ritual de
Iniciação Cristã de Adultos (RICA), adaptando-se em cada realidade;
8.
Criar uma nova consciência discipular e missionária
nos catequistas e demais agentes de pastoral.
Uma catequese autêntica e integral apresenta, em cada tema e nas verdades da fé
cristã, uma dimensão universal da primeira evangelização, como consequência do
mandato missionário de Jesus Cristo, acentuando uma espiritualidade alimentada
pela Palavra de Deus, Eucaristia, vida de oração e serviço aos irmãos.
9.
Investir num Projeto Diocesano de Iniciação à Vida
Cristã a toda comunidade, integrado todas as
pastorais e movimentos eclesiais.
Ser
Catequista discípulo de Jesus Cristo é uma vocação à comunidade. A missão
catequética é parte integrante da inserção no conjunto das ações
evangelizadoras da Igreja. A Catequese é “ato essencialmente eclesial”. Sua
missão consiste em formar verdadeiros e autênticos discípulos missionários de
Jesus Cristo.
Como levar as pessoas a um contato vivo
e pessoal com Jesus Cristo? Para
começar é preciso uma mudança de foco. Sair da mentalidade de Iniciação Cristã
como sinônimo de “preparação para receber sacramentos” para “o processo de
quem quer tornar-se cristão”.
A inspiração catecumenal representa, para a Igreja, uma
mudança no modo de se apresentar, porque a faz assumir a sua natureza
originária: ser Igreja querigmática
(anunciadora da verdade fundamental manifestada em Cristo) e missionária. Só
é possível assumir os processos de Iniciação à Vida Cristã dentro de uma Igreja
voltada para o essencial, que deseje superar o modelo de cristandade e os
processos rotineiros ainda vigentes em nossa prática pastoral.
Que Maria, Mãe da Igreja e nossa mãe, a Mistagoga do Pai, Aquela
que nos aponta o caminho do Filho, nos ajude a avançar no Caminho da Iniciação
à Vida Cristã.
[1] Cf.
CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Comunidade de comunidades: uma nova
paróquia. A conversão pastoral. Documentos da CNBB, 100, no 269.
[2] Cf.
Ritual da Iniciação Cristã de Adultos (RICA). Introdução, no 38.
[4]
CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Comunidade de comunidades: uma nova
paróquia. A conversão pastoral. Documentos da CNBB, 100, no 268.
[5]
CELAM. Texto conclusivo da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e
do Caribe, n. 291.
[6]
VILLEPELET, Denis. O futuro da Catequese.
Paulinas, 2007, pp.56-57.
E
terminou a manhã daquele domingo, dia 7 de maio de 2017.
E
para o almoço a partilha do pão e do vinho.
Só
que foi empadão, bolo, pastel, sanduíche, em vez de pão. E
suco, refrigerante e água no lugar do vinho.
Foi
ao estilo do tempo de Jesus:
várias toalhas espalhadas no chão, com muita comida gostosa
e os
catequistas unidos ao redor partilhando o alimento, a alegria, a amizade, o
mesmo amor pela iniciação à vida cristã.
E para alegrar ainda mais o coração, o show do Pe. Ezequiel Dal Pozo.
E os catequistas dançaram alegres ao som das músicas
cristãs. E padre também é catequista...
E depois o animador da Jornada fez a apresentação das dioceses presentes. Era catequista das partes mais longínquas deste Rio Grande, que passou a noite toda viajando para chegar em Caxias. Era catequista de perto e de longe, como dizia a música: Eu venho do sul e do norte, do oeste e do leste, de todo o lugar!
E depois o animador da Jornada fez a apresentação das dioceses presentes. Era catequista das partes mais longínquas deste Rio Grande, que passou a noite toda viajando para chegar em Caxias. Era catequista de perto e de longe, como dizia a música: Eu venho do sul e do norte, do oeste e do leste, de todo o lugar!
E foi cantando assim que os catequistas
receberam a cruz de Jesus: No
peito eu levo uma cruz e no meu coração, o que disse Jesus!
E com a entrada
da cruz, Dom
Jaime Kohl fez a
terceira
Catequese
do dia sobre a
MISSÃO.
Pe. Décio Walker, coordenador da Equipe de
Animação Bíblico-catequética do Regional Sul 3, falou sobre ao processo de preparação da
Jornada e o desafio de dar continuidade a esse processo em nossas comunidades.
E
então, começamos a grande celebração da II Jornada: a celebração eucarística,
celebrada pelo nosso bispo referencial, Dom Jacinto e concelebrada por todos os
demais bispos e arcebispos presentes, e ainda todos os padres presentes.
A
procissão de entrada.
Aclamação da Palavra de Deus.
Os leitores e a salmista
O Glória
A homilia
O que Dom Jacinto Bergman falou na homilia:
(O Evangelho de hoje:)
Jesus:
EU SOU A PORTA!
Por
esta PORTA não entram o ladrão e o assaltante para ficar junto às ovelhas...
Por
esta PORTA entra somente o pastor e este está em casa com suas ovelhas...
Por
esta PORTA, entrando somente o pastor:
- as
ovelhas escutam a sua voz;
- o
pastor chama as ovelhas pelo nome;
- o
pastor conduz para fora (“em saída”);
- as
ovelhas seguem o pastor...
(Como os ouvintes não entenderam...)
Jesus:
EU SOU A PORTA!
“Quem
entra por mim, será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem”.
Por
quê? “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”.
(Aplicando o Evangelho:)
A
Iniciação à Vida Cristã é: nós chegarmos
a esta PORTA, que é Jesus...
Pela
Iniciação à Vida Cristã: é fazermos
chegar todas as pessoas a esta PORTA, que é Jesus...
(Seguindo os passos do Evangelho:)
A
Iniciação à Vida Cristã:
- É
evitarmos que entram o ladrão e o assaltante...;
- É
deixarmos entrar somente o pastor...;
- É
deixarmos: o pastor falar e escutarmos a sua voz...;
o pastor chamar pelo nome...;
o pastor conduzir para fora (“em saída”)...;
- É
seguirmos o pastor, sermos discípulos missionários...
Pela
Iniciação à Vida Cristã:
- É
fazermos que todas as pessoas entrem nesta PORTA, que é Jesus:
- para serem salvos...
- para encontrarem pastagem...
- para terem vida e vida em abundância...
NÃO
TENHAMOS MEDO da PORTA, que é Jesus!
NÃO
TENHAMOS MEDO de fazermos as pessoas entrarem nesta PORTA, que é Jesus...
VIVA
Jesus, a nossa PORTA!
VIVA a
Iniciação à Vida Cristã, que faz-nos entrar na PORTA, que é Jesus!
VIVA a
Iniciação à Vida Cristã, pela qual fazemos as pessoas entrar na PORTA, que é
Jesus!
VIVA
tantos iniciados...
Só iniciados em Jesus Cristo, teremos VIDA e VIDA EM
ABUNDÂNCIA!
Ardeu o
nosso coração com a Jornada?
Os coordenadores da Animação Bíblico-catequética das Arquidioceses e Dioceses do Regional Sul 3, no final da Celebração eucarística foram chamados para serem enviados de volta as suas cidades, levando a cruz da II Jornada Estadual de Catequese, símbolo da missão de anunciar o Evangelho de Cristo e de levar as pessoas ao seu encontro.
Nossos bispos e presbíteros entregaram a cruz aos coordenadores, que as levantaram ao alto com orgulho e esperança.
serif; font-size: large;">Essa imagem vai ficar em nossos corações!
Nossos catequistas voltando para as suas "Jerusalém", como os discípulos de Emaús, levando no peito a cruz da II Jornada e no coração o que nos disse Jesus através de todo este domingo em que estivemos reunidos!
Veja as fotos nos links a seguir e na página fotos deste blog:
FOTOS DA II JORNADA ESTADUAL DE CATEQUESE
CONTINUAÇÃO DAS FOTOS DA II JORNADA
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