quarta-feira, 10 de abril de 2013


Catequese Renovada
(Comemoração dos 30 anos, em 2013)
·       Doc. da CNBB, 26, aprovado na 21ª Assembleia Geral, em 1983.
·       É resposta aos apelos do Papa João Paulo II em sua vinda ao Brasil em 1980.
·       Ele disse: “A catequese é uma urgência. Só posso admirar os pastores zelosos que em suas igrejas procuram responder concretamente a essa urgência, fazendo da catequese uma prioridade” (Fortaleza, 10/07/1980).
·       É importante fazer da catequese uma prioridade nas comunidades.
I PARTE: A catequese e a comunidade na História da Igreja
·       As mudanças na história podem ajudar a revitalizar a catequese hoje.
·       Do séc. I ao V, a catequese era de iniciação à fé e vida de comunidade.
·       Surge o catecumenato como iniciação na vida cristã.
·       Os fundamentos eram: fé, esperança, caridade, Palavra, celebrações e testemunho.
·       É importante entender que comunidade e catequese caminhavam juntas.
·       Do séc. V ao XVI o rumo da catequese foi outro: a cristandade.
·       A catequese era de imersão na cristandade e educação da fé feita pelas instituições.
·       A aprendizagem era individual, com pouca ligação com a comunidade.
·       Catequese mais como instrução para dar clareza à fé em tempo de reforma.
·       Catequese centrada nos catecismos com textos para ensino.
·       Houve grande influência do iluminismo e uma fé mais da razão.
·       No séc. XX foi-se redescobrindo na catequese a iniciação cristã e a comunidade.
·       Surge uma catequese mais comprometida com a libertação.
·       Houve esforço de renovação no conteúdo, método, sujeito e objeto da catequese.
·       Mons. Álvaro Negromonte usou o método integral, de formar cristãos íntegros.
·       Surgiram também Institutos para a formação de dirigentes da catequese.
·       Passou a unir fé e vida, dimensão pessoal e comunitária, instrução e educação etc.

II PARTE: Princípios para uma catequese renovada

·       Renovação da catequese para responder os novos desafios da cultura.
·       Para isto, a catequese precisou ter sólido fundamento na Palavra de Deus.
·       Ela é “fazer ecoar” (Kat-ekhéo), fazer escutar e repercutir a Palavra de Deus.

1. Revelação e Catequese

·       Deus quis revelar-se a si mesmo, tratando-nos de amigos.
·       A revelação acontece na Palavra, nos gestos e fatos como linguagem.
·       Podemos dizer que Deus usa duas linguagens: Palavra e acontecimentos.
·       Entendamos: O que Deus quer comunicar, a quem e que obstáculos encontra.
·       Está claro que Ele quer comunicar a si mesmo, sua presença e amor.
·       A dificuldade está na recusa da comunicação de Deus e de seu amor.
·       Com a revelação Ele deixa de ser “Deus escondido” e mostra o seu rosto.
·       A revelação de Deus é um processo e não um simples ato.
·       A lentidão de Deus em se revelar depende de nós, lentos para entender.
·       É um processo em que Deus vai educando seu povo com pedagogia.
·       A revelação foi transmitida de forma oral e depois, por escrito, pela bíblia.
·       A bíblia conta fatos e neles entendemos a revelação de Deus.
·       No caso do fato da Aliança, interpretamos toda a História da Salvação.
·       O fato maior e definitivo vem de Jesus Cristo, que revela o amor de Deus.
·       Em Jesus Deus se dá a si mesmo e sua Palavra se torna carne.
·       Jesus é a plenitude da revelação e não há necessidade de novas revelações.
·       Pelas palavras de Jesus, a ajuda do Espírito Santo e da Igreja, Deus se torna acessível.
·       Jesus se torna pedagogia de Deus no anúncio da fé e na vivência de seus apelos.
·       Todo o mistério do Pai foi revelado em Jesus Cristo para a intimidade com Ele.
·       O Espírito Santo faz ressoar na Igreja e no mundo a voz do Evangelho.
·       Voz que conserva na Igreja a Tradição, a Escritura e o Magistério.
·       Aí estão a Palavra, os sacramentos, a oração, a liturgia e as manifestações de fé.
·       Tradição por ser fiel à origem e progride na compreensão da doutrina, na caridade etc.
·       Também porque faz crescer a fé do povo de Deus com fidelidade ao Evangelho.
·       Tradição e Escritura são como um todo, que procedem de Deus para o bem da fé.
·       Fé que é opção de vida, uma adesão de toda a pessoa a Cristo, a Deus e a seu projeto.
·       Ela faz o cristão ser missionário, passando a pregar o Evangelho com coragem.
·       Deus que se revela é o próprio Deus criador, aquele que inquieta nosso coração.
·       Unidade entre projeto salvífico de Deus e as aspirações humanas, salvação e história.
·       Deus continua falando aos homens em Cristo, pelo Espírito, nas mediações.
·       A catequese pode ser entendida como “educação ordenada e progressiva da fé”.
·       Ela deve assumir as angústias e esperanças do homem de hoje para libertá-lo.
·       Assumir as situações históricas e as autênticas aspirações dos homens de hoje.

2. Exigências da Catequese

·       A primeira exigência da catequese é a fidelidade ao Plano de Deus.
·       Por isto, deve levar a força do Evangelho ao coração da cultura e das culturas.

2.1. Fidelidade a Deus e ao homem
·       Esta fidelidade deve ser a Deus e ao homem como atitude de amor.
·       Para Puebla, a fidelidade deve ser a Deus, à Igreja e ao Homem.
·       O conteúdo da catequese deve ter integridade e autenticidade evangélica.


2.2. Fidelidade às fontes
·       Sua fonte está na Revelação, de onde vem a sede de verdade e vida.
·       A Revelação chega até nós pela Sagrada Escritura e pela Tradição viva da Igreja.
·       Por isto deve ser dada especial atenção à Sagrada Escritura como fonte da catequese.
·       Importa respeitar a natureza e o espírito da Revelação bíblica na integridade.
·       A catequese deve ler os textos bíblicos com a inteligência e o coração da Igreja.
·       Abrir aos catequizandos o livro da Sagrada Escritura, tendo por centro o Evangelho.
·       Isto leva ao contato com a Palavra de Deus e à compreensão dela.
·       Essa Palavra tem sua ação santificadora de Deus na liturgia.
·       A Palavra vivenciada na liturgia pode ser entendida como catequese em ato.
·       Acompanhar a Palavra nos tempos litúrgicos é ocasião privilegiada de catequese.
·       Expressão privilegiada da fé da Igreja acontece no Credo, Símbolo dos Apóstolos.
·       O Credo resume o conteúdo da fé da Igreja e é fonte segura da catequese.
·       Ele deve ser memorizado e aprofundado nos encontros catequéticos.
·       A catequese presta atenção também aos sinais dos tempos, ao sensus fidei.

2.3. Critérios de unidade, organicidade, integridade e adaptação
·       Empenha também na busca de uma sociedade mais solidária, fraterna e justa.
·       Não basta a autenticidade da catequese, mas tem que ser unitária, orgânica e integral.
·       A unidade se faz ao redor da Pessoa de Jesus Cristo, o cristocentrismo.
·       Cristocentrismo não só de ser centro, mas de adesão à sua Pessoa e Missão.
·       A integridade do conteúdo significa ação ampla e explícita.
·       Os cristãos têm direito de receber a Palavra da fé sem mutilação.
·       A falta de integridade do anúncio da Palavra esvazia a própria catequese.
·       Além disto, levar em conta as condições históricas e culturais a catequizar.
·       Também a linguagem deve ser adequada aos homens e tempos de hoje.

2.4. Dimensões da catequese
·       Uma catequese com as dimensões cristológica, eclesiológica e escatológica.
·       No eclesiológico temos o comunitário, vocacional, missionário, ecumênico.
·       Vê o homem nas dimensões antropológica, existencial, histórico, política, libertador.
·       Há uma dimensão permanente da catequese que atinge todas as etapas da formação.

2.5. Em métodos diversos o mesmo princípio da interação
·       É preciso investir na metodologia catequética, evitando improvisações e empirismo.
·       Uma catequese de interação, unindo experiência de vida e formulação da fé.
·       Tendo em conta a vivência e prática atual e o dado a Tradição.
·       Deve existir uma interação entre o Evangelho e a vida concreta.
·       É uma interpelação recíproca, que precisa ser vivenciada na catequese.
·       Tudo deve criar uma unidade profunda dentro do Plano de Deus.
·       Só uma integração da fé e da vida poderá levar a uma verdadeira libertação.
·       Não podemos cair no formalismo, desequilíbrio entre vivência e doutrina.
·       A autêntica catequese é sempre inicial, ordenada e sistemática da revelação de Deus.

2.6. Lugares da catequese
·       Isto acontece na comunidade cristã: família, paróquia, escola, CEBs, associações.
·       Em ambos devem aparecer a caridade e a comunhão como lugares de vida.
·       A catequese é processo permanente: crescendo o homem, deve crescer o cristão.
·       O papel da família, dos pais, é fundamental nos critérios da fé dos filhos.
·       É importante o ensino religioso nas escolas despertando experiência religiosa.
·       São diferentes ensino religioso e catequese no relacionamento cultura e fé.
·       Os grupos, movimentos e outras associações sejam maduros na fé.
·       Os recursos dos MCS devem ser utilizados no serviço da catequese.
·       O uso dos MCS deve levar à formação de uma consciência crítica.

2.7. Catequese segundo idades e situações
·       A educação da fé deve ser permanente, organizada e adaptada à realidade.
·       A catequese de adultos deve ser incisiva e coerente em sua proposta.
·       Uma catequese que deve seguir o ano litúrgico e acontecimentos da vida.
·       Na catequese de formação das crianças, a família tem um papel fundamental.
·       A formação litúrgica é fundamental na vida das crianças, adolescentes e jovens.
·       A formação de crianças e jovens deve levá-los a viver e atuar na vida da comunidade.
·       Uma catequese que desperte para a dimensão vocacional como chamado de Deus.
·       Despertar o gosto pela oração, pelo silêncio, o senso crítico, a solidariedade.
·       A criatividade, a liberdade, a responsabilidade, a dar razão de sua fé e os valores.
·       A doutrina seja anunciada na medida da prática cristã da vida na comunidade.
·       O mais importante não é a doutrina, mas o envolvimento comunitário.
·       Os deficientes físicos e mentais sejam totalmente integrados na comunidade cristã.
·       A comunidade deve prestar atenção e procurar meios adequados para esses casos.

2.8. Missão e formação do catequista
·       O catequista deve apresentar os meios para ser cristão e a alegria de se viver o Ev.
·       Ele comunica através do testemunho de vida, da palavra e do culto.
·       Provoca inserção na vida da comunidade de forma livre e responsável.
·       Para tudo isto são importantes as Escolas Catequéticas para formação.
·       Escolas que levem o catequista ao processo de transformação do mundo.
·       O catequista tem sua missão no grupo de catequistas para ajudar na formação.

2.9. Textos e Manuais de Catequese
·       Os manuais de catequese devem ser iluminadores da comunidade.
·       As primeiras fontes da catequese foram os fatos e as palavras de Jesus.
·       É importante entender que o uso de manuais não deve substituir a bíblia.
·       Devem apresentar textos bíblicos selecionados com instruções sobre o uso.
·       Tenham clareza doutrinária para ajudar na educação da fé.
·       Os “planos de aula” tenham diferentes objetivos e métodos relativos à fé.
·       Um único manual para todo o Brasil seria inviável e inadequado.

III PARTE: Temas fundamentais para uma catequese renovada

·       O temário fundamental da catequese é a bíblia, ligando fé e vida.
·       Os temas apresentados têm sua fonte principal no Doc. de Puebla.
·       Um deles é a situação do homem dentro da realidade do mundo de hoje.
·       Outro é o desígnio da salvação de Deus na História narrada pela bíblia.
·       A salvação tem início na criação pelo que Deus nos faz em Cristo para a vida.
·       Isto supõe a verdade sobre Cristo, a Igreja e o Homem, comunhão e participação.

3.1. A situação do homem
·       No processo da salvação, o homem se torna parceiro de Deus.
·       Mas rejeita o amor de Deus, rompe a unidade e deixa penetrar no mundo o mal.
·       Surge o egoísmo, orgulho, ambição, inveja, injustiça, dominação, violência etc.

3.2. Os desígnios de salvação de Deus

3.2.1. A verdade sobre Jesus Cristo
·       Diante de tudo isto, a bíblia nos apresenta a promessa do Salvador e revela Cristo.
·       Isto Deus realiza numa longa história com sua mão poderosa de Pai.
·       O centro de toda a história é Jesus Cristo, vindo para restaurar toda ordem temporal.
·       O Verbo, gerado desde sempre, fez-se homem e habita entre nós e nos une ao Pai.
·       A encarnação é o mistério da humanidade e da divindade de Jesus Cristo.
·       Compartilhando a vida do povo, Jesus anuncia o Reino de Deus com ações e palavras.
·       O Reino não é utopia, mas libertação concreta, e chega à plenitude na glória celeste.
·       Em suas atitudes, Jesus revela o amor de Deus e seu caminho é também nosso.
·       Jesus exige de nós um seguimento radical, fazendo-nos parecidos com Ele.
·       O sacrifício de Jesus, o caminho do seu ministério, tornou-se causa de nossa vida.
·       Como ressuscitado, fez nascer o Homem novo, e continua em nosso meio.
·       Pelo Espírito Santo, Jesus continua sua presença salvadora no mundo, na Igreja.
·       O Espírito Santo nos reúne em comunidade e nos faz viver no Plano de Deus.
·       Cria unidade na diversidade de dons, dando impulso missionário para a Igreja.
·       Deus que se revela em Jesus Cristo e no Espírito Santo é Deus de comunhão, trino.

3.2.2. A verdade sobre a Igreja
·       Jesus fez nascer a Igreja como de instituição divina, depositária e transmissora do Ev.
·       O objetivo de Jesus é o Reino, tendo a Igreja como fonte e germe de seu crescimento.
·       A Igreja é o Povo de Deus indo para o Senhor, não como massa, mas como fermento.
·       A razão primeira da Igreja é a salvação, que acontece no desempenho de sua missão.
·       Ela é divina, mas no mundo; apostólica e atual; católica e local; uma e múltipla etc.
·       A Igreja é sacramento de comunhão, que vem da água, da Palavra, do ES e da adesão.
·       O pecado dificulta a comunhão, exigindo constante caminho de conversão.
·       As divisões contradizem a vontade de Cristo e é escândalo para o mundo.
·       Deus se comunica através de sinais e a Igreja é sinal sacramental de sua ação.
·       São sete os sacramentos na Igreja como sinais sensíveis e eficazes da graça de Deus.
·       Batismo: nascimento, entrada na vida divina e na Igreja como cristão.
·       Eucaristia: alimento da vida cristã e participação no mistério da morte de Cristo.
·       Confirmação ou Crisma: testemunha de fé no Cristo Ressuscitado e ação do ES.
·       Reconciliação ou Penitência: celebração do perdão após o pecado.
·       Unção dos Enfermos: presença da graça no sofrimento, doença, morte.
·       Ordem: serviço cristão especial, administração dos sacramentos.
·       Matrimônio: amor conjugal, estabelecimento da família cristã.
·       Os Sacramentos santificam o homem, glorificam a Deus e alimentam a fé.
·       Todos eles são o memorial da morte e ressurreição de Cristo, da Páscoa.
·       A liturgia é o ápice e a fonte da vida eclesial acontecida nos Sacramentos.
·       Dentro da liturgia temos o Ano Litúrgico como celebração do mistério de Cristo.
·       A Eucaristia é a prática da justiça na vida da comunidade.
·       Ela significa e realiza a unidade da Igreja e seu crescimento.
·       É importante o destaque de Maria e sem ela não tem como falar de Igreja.
·       A Igreja a venera como Mãe muito amada, com afeto e piedade filial.
·       Ela é Mãe da Igreja, porque é Mãe de Cristo e nossa Mãe em Jesus Cristo.
·       Na Evangelização, Maria é Mãe e educadora da fé em nossa cultura.
·       Maria acreditou com uma fé que foi dom, abertura, resposta e fidelidade.
·       É para nós exemplo de virtude e caminho de santidade da Igreja.

3.2.3. A verdade sobre o homem
·       O homem se afastou de Deus pelo pecado, mas foi redimido em Cristo.
·       Com isto, a Salvação é dom de Deus, que exige resposta do homem.
·       Deus nos criou sem nossa participação e não nos salva sem nossa cooperação.
·       No mistério da salvação, todas as pessoas precisam cooperar e colaborar.
·       O uso do dom da liberdade dignifica nossa condição humana.
·       O pecado tirou-nos a liberdade, recuperada no perdão e no amor de Deus.
·       Somos responsáveis pelo nosso destino, por uma lei colocada em nosso coração.
·       Seguindo fielmente a Lei de Deus, somos dignificados como pessoas.
·       Pecar é agir contra a consciência e contra Deus, causando dano a si mesmo.
·       As situações sociais de pecado corroem a dignidade do homem.
·       Pelo Mistério Pascal, Cristo nos reconciliou com o Pai e continua nos perdoando.
·       Pela Unção dos Enfermos somos aliviados no sofrimento e fortalecidos na doença.
·       Mesmo passando pelas fraquezas do pecado, somos destinados para a vida eterna.

3.3. Os compromissos do cristão

·       A fé é adesão e obediência à vontade de Deus que nos interpela para a missão.
·       A nossa resposta à fé é dom de Deus sob a moção do Espírito Santo.
·       Fé não é ideologia, mas adesão à pessoa de Jesus Cristo e à sua mensagem.
·       Não é adesão a princípios morais, mas a atitudes no plano de salvação.
·       Fé animada pela caridade e presente no compromisso social.
·       Isto exige maturidade confirmada na Crisma e na presença do Espírito Santo.
·       A fé só cresce quando participamos da vida da comunidade eclesial.
·       Ela tem expressão viva e motivadora nas celebrações litúrgicas.
·       Assim a pessoa de fé se torna construtora da história da comunidade.
·       História conforme a práxis de Jesus, de corresponsabilidade na ação.
·       Essas lutas de transformação devem ser celebradas na Eucaristia.
·       No contexto eclesial, a Igreja precisa sempre se auto evangelizar e converter-se.
·       Na Igreja cada um é chamado a um serviço (vocação) dentro da comunidade.
·       No Sacramento da Ordem temos os bispos, os presbíteros e os diáconos.
·       Temos na Igreja os religiosos, que testemunham uma vivência evangélica radical.
·       Vivemos a fé, em primeiro lugar, na família, “Igreja doméstica”.
·       A lei do amor conjugal deve ser comunhão e participação, e não dominação.
·       A graça do matrimônio ajuda a superar conflitos, dificuldades e tentações.
·       O trabalho é útil e dignifica o homem dentro da ordem: “Dominai a terra”.
·       O homem é o sujeito, o autor e o fim do trabalho, transformado em gesto litúrgico.
·       O amor fraterno exige formar estruturas sociais e política global.
·       A fé deve ordenar todas as atividades sociais e políticas.
·       Toda a Igreja deve ter responsabilidade por uma política do bem comum.
·       O cristão não pode ser omisso diante das injustiças, mas exercer sua função política.
·       É importante estar num partido político, sabendo que ele não é o todo; pluralismo.
·       A opção pelos pobres é sinal de autenticidade evangélica e sinal messiânico.
·       Os pobres merecem dos cristãos uma atenção toda especial em sua condição.
·       Eles têm um potencial evangelizador, pois nos interpelam à conversão.
·       Sendo solidário com os pobres, devemos superar o “ter mais”, e “ser mais”.
·       A raiz da pobreza é social, fruto de injustiça e desrespeito aos direitos humanos.
·       Trabalhamos por uma sociedade mais solidária e fraterna, mais justa.
·       Na busca da paz, devemos construir uma nova ordem social.
·       Vivemos um crescente pluralismo religioso e ideológico e depende de diálogo.
·       O diálogo entre os que têm a mesma fé em Cristo une esforços de ação.
·       Devemos seguir o exemplo e a coragem dos Santos na construção do Reino de Deus.
·       A verdadeira comunhão só vai acontecer no encontro definitivo com o Pai.

IV PARTE: A comunidade catequizadora

·       A catequese é processo dinâmico na educação da fé e itinerário formativo.
·       O estilo catecumenal tem que estar unido a uma vivência comunitária litúrgica.
·       São etapas prolongadas de iniciação à vida cristã seguindo passos pedagógicos.

·       Inclui: conversão, fé em Cristo, vida em comunidade, sacramental e compromisso.
·       Não basta planejar se não há integração da comunidade com o Evangelho.
·       A caminhada na educação da fé deve durar a vida toda, sem limite de tempo e lugar.
·       É preciso formar comunidades catequizadoras na construção do Reino de Deus.

4.1. Exemplo de itinerário catequético de uma comunidade
·       Elementos: união entre os membros; abordagem da realidade; vida eclesial; fé.
·       Esses elementos crescem quando a comunidade caminha em sua própria história.
·       A oração em comum e a leitura da Palavra de Deus formam comunidades unidas.
·       Forma-se uma devoção popular a Nossa Senhora e aos Santos como forças de união.
·       A força de unidade da comunidade é concretizada com a leitura da Palavra de Deus.
·       A reflexão da Palavra de Deus faz com que a figura de Cristo tenha mais peso.
·       Com isto cresce a colaboração e a solidariedade entre os membros da comunidade.
·       Os problemas pessoais e comunitários começam a ser assumidos coletivamente.
·       Surge o passo da formação social e descoberta das raízes do mal que atinge a todos.
·       Aparecem gestos públicos: defesa dos direitos humanos, denúncias, mutirões etc.
·       A fé caminha na busca de cursinhos bíblicos e maior formação de consciência.
·       As celebrações passam a ser mais comprometidas, unindo fé e vida comunitária.
·       Outro passo desafiante é assumir tarefas sindicais, políticas e empresariais.
·       É importante a descoberta da presença do cristão no mundo temporal e transformá-lo.
·       As comunidades cristãs devem ser portadoras de critérios baseados no Evangelho.
·       Aparece a importância da articulação dos movimentos sociais: associações, sindicatos.
·       É o momento realmente catequético, da decisão de fé explícita e madura.
·       É a consciência de que “sem Jesus nada o homem pode fazer”; “nele tudo pode”.
·       Momento em que Jesus é visto como Filho de Deus, Senhor e Salvador.
·       É preciso reconhecer o pecado como raiz dos males na sociedade e exige conversão.
·       A conversão leva a uma nova maneira de ser e ver como povo de Deus.
·       Tudo supõe uma adesão total a Jesus Cristo fazendo-nos salvadores com Ele.
·       O Evangelho e sua realização constituem para os cristãos sua razão de viver.
·       A catequese acontece por passos até chegar a “novos céus e nova terra”.

4.2. Que fazer quando ainda não existe comunidade?
·       O processo catequético acontece na interação entre comunidade e Evangelho.
·       Muitas pessoas são desligadas da comunidade eclesial, mesmo sendo batizadas.
·       Com elas é preciso pregação e contatos de interesse em diversos campos.
·       Aproveitar as ocasiões especiais que atraiam a todos na comunidade.
·       De fato, a comunidade é condição indispensável para o processo catequético.

Conclusão

·       Vimos os rumos, princípios, exigências, temas e perspectivas da catequese.
·       A afirmação é de que a catequese é um processo de educação comunitária.
·       Ela é permanente, progressiva, ordenada, orgânica e sistemática da fé.
·       A finalidade da catequese é a maturidade da fé, já na terra e termina na eternidade.
·       Para isto devemos invocar o Espírito Santo, primeiro agente da Evangelização.
·       Invocamos N. S. Aparecida, grande catequista, a sustentar a fé e a esperança do povo.

Fonte: Documento da CNBB, 26
Síntese feita por Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba.




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário.

Apresentação em slides do Frei João Fernandes Reinert,

Apresentação do Frei João Fernandes Reinert, assessor do primeiro dia do encontro regional de setembro de 2017, com o tema: INSPIRAÇÃO CATEC...

O QUE MAIS FOI VISTO NO BLOGGER