Catequese Renovada
(Comemoração dos 30 anos, em 2013)
· Doc.
da CNBB, 26, aprovado na 21ª Assembleia Geral, em 1983.
· É
resposta aos apelos do Papa João Paulo II em sua vinda ao Brasil em 1980.
· Ele
disse: “A catequese é uma urgência. Só posso admirar os pastores zelosos que em
suas igrejas procuram responder concretamente a essa urgência, fazendo da
catequese uma prioridade” (Fortaleza, 10/07/1980).
· É
importante fazer da catequese uma prioridade nas comunidades.
I PARTE: A catequese e a comunidade na
História da Igreja
· As
mudanças na história podem ajudar a revitalizar a catequese hoje.
· Do
séc. I ao V, a catequese era de iniciação à fé e vida de comunidade.
· Surge
o catecumenato como iniciação na vida cristã.
· Os
fundamentos eram: fé, esperança, caridade, Palavra, celebrações e testemunho.
· É
importante entender que comunidade e catequese caminhavam juntas.
· Do
séc. V ao XVI o rumo da catequese foi outro: a cristandade.
· A
catequese era de imersão na cristandade e educação da fé feita pelas
instituições.
· A
aprendizagem era individual, com pouca ligação com a comunidade.
· Catequese
mais como instrução para dar clareza à fé em tempo de reforma.
· Catequese
centrada nos catecismos com textos para ensino.
· Houve
grande influência do iluminismo e uma fé mais da razão.
· No
séc. XX foi-se redescobrindo na catequese a iniciação cristã e a comunidade.
· Surge
uma catequese mais comprometida com a libertação.
· Houve
esforço de renovação no conteúdo, método, sujeito e objeto da catequese.
· Mons.
Álvaro Negromonte usou o método integral, de formar cristãos íntegros.
· Surgiram
também Institutos para a formação de dirigentes da catequese.
· Passou
a unir fé e vida, dimensão pessoal e comunitária, instrução e educação etc.
II PARTE: Princípios para uma catequese
renovada
· Renovação
da catequese para responder os novos desafios da cultura.
· Para
isto, a catequese precisou ter sólido fundamento na Palavra de Deus.
· Ela
é “fazer ecoar” (Kat-ekhéo), fazer escutar e repercutir a Palavra de Deus.
1. Revelação e Catequese
· Deus
quis revelar-se a si mesmo, tratando-nos de amigos.
· A
revelação acontece na Palavra, nos gestos e fatos como linguagem.
· Podemos
dizer que Deus usa duas linguagens: Palavra e acontecimentos.
· Entendamos:
O que Deus quer comunicar, a quem e que obstáculos encontra.
· Está
claro que Ele quer comunicar a si mesmo, sua presença e amor.
· A
dificuldade está na recusa da comunicação de Deus e de seu amor.
· Com
a revelação Ele deixa de ser “Deus escondido” e mostra o seu rosto.
· A
revelação de Deus é um processo e não um simples ato.
· A
lentidão de Deus em se revelar depende de nós, lentos para entender.
· É
um processo em que Deus vai educando seu povo com pedagogia.
· A
revelação foi transmitida de forma oral e depois, por escrito, pela bíblia.
· A
bíblia conta fatos e neles entendemos a revelação de Deus.
· No
caso do fato da Aliança, interpretamos toda a História da Salvação.
· O
fato maior e definitivo vem de Jesus Cristo, que revela o amor de Deus.
· Em
Jesus Deus se dá a si mesmo e sua Palavra se torna carne.
· Jesus
é a plenitude da revelação e não há necessidade de novas revelações.
· Pelas
palavras de Jesus, a ajuda do Espírito Santo e da Igreja, Deus se torna
acessível.
· Jesus
se torna pedagogia de Deus no anúncio da fé e na vivência de seus apelos.
· Todo
o mistério do Pai foi revelado em Jesus Cristo para a intimidade com Ele.
· O
Espírito Santo faz ressoar na Igreja e no mundo a voz do Evangelho.
· Voz
que conserva na Igreja a Tradição, a Escritura e o Magistério.
· Aí
estão a Palavra, os sacramentos, a oração, a liturgia e as manifestações de fé.
· Tradição
por ser fiel à origem e progride na compreensão da doutrina, na caridade etc.
· Também
porque faz crescer a fé do povo de Deus com fidelidade ao Evangelho.
· Tradição
e Escritura são como um todo, que procedem de Deus para o bem da fé.
· Fé
que é opção de vida, uma adesão de toda a pessoa a Cristo, a Deus e a seu
projeto.
· Ela
faz o cristão ser missionário, passando a pregar o Evangelho com coragem.
· Deus
que se revela é o próprio Deus criador, aquele que inquieta nosso coração.
· Unidade
entre projeto salvífico de Deus e as aspirações humanas, salvação e história.
· Deus
continua falando aos homens em Cristo, pelo Espírito, nas mediações.
· A
catequese pode ser entendida como “educação ordenada e progressiva da fé”.
· Ela
deve assumir as angústias e esperanças do homem de hoje para libertá-lo.
· Assumir
as situações históricas e as autênticas aspirações dos homens de hoje.
2. Exigências da Catequese
· A
primeira exigência da catequese é a fidelidade ao Plano de Deus.
· Por
isto, deve levar a força do Evangelho ao coração da cultura e das culturas.
2.1. Fidelidade a Deus e ao homem
· Esta
fidelidade deve ser a Deus e ao homem como atitude de amor.
· Para
Puebla, a fidelidade deve ser a Deus, à Igreja e ao Homem.
· O
conteúdo da catequese deve ter integridade e autenticidade evangélica.
2.2. Fidelidade às fontes
· Sua
fonte está na Revelação, de onde vem a sede de verdade e vida.
· A
Revelação chega até nós pela Sagrada Escritura e pela Tradição viva da Igreja.
· Por
isto deve ser dada especial atenção à Sagrada Escritura como fonte da catequese.
· Importa
respeitar a natureza e o espírito da Revelação bíblica na integridade.
· A
catequese deve ler os textos bíblicos com a inteligência e o coração da Igreja.
· Abrir
aos catequizandos o livro da Sagrada Escritura, tendo por centro o Evangelho.
· Isto
leva ao contato com a Palavra de Deus e à compreensão dela.
· Essa
Palavra tem sua ação santificadora de Deus na liturgia.
· A
Palavra vivenciada na liturgia pode ser entendida como catequese em ato.
· Acompanhar
a Palavra nos tempos litúrgicos é ocasião privilegiada de catequese.
· Expressão
privilegiada da fé da Igreja acontece no Credo, Símbolo dos Apóstolos.
· O
Credo resume o conteúdo da fé da Igreja e é fonte segura da catequese.
· Ele
deve ser memorizado e aprofundado nos encontros catequéticos.
· A
catequese presta atenção também aos sinais dos tempos, ao sensus fidei.
2.3. Critérios de unidade,
organicidade, integridade e adaptação
· Empenha
também na busca de uma sociedade mais solidária, fraterna e justa.
· Não
basta a autenticidade da catequese, mas tem que ser unitária, orgânica e
integral.
· A
unidade se faz ao redor da Pessoa de Jesus Cristo, o cristocentrismo.
· Cristocentrismo
não só de ser centro, mas de adesão à sua Pessoa e Missão.
· A
integridade do conteúdo significa ação ampla e explícita.
· Os
cristãos têm direito de receber a Palavra da fé sem mutilação.
· A
falta de integridade do anúncio da Palavra esvazia a própria catequese.
· Além
disto, levar em conta as condições históricas e culturais a catequizar.
· Também
a linguagem deve ser adequada aos homens e tempos de hoje.
2.4. Dimensões da catequese
· Uma
catequese com as dimensões cristológica, eclesiológica e escatológica.
· No
eclesiológico temos o comunitário, vocacional, missionário, ecumênico.
· Vê
o homem nas dimensões antropológica, existencial, histórico, política, libertador.
· Há
uma dimensão permanente da catequese que atinge todas as etapas da formação.
2.5. Em métodos diversos o mesmo
princípio da interação
· É
preciso investir na metodologia catequética, evitando improvisações e
empirismo.
· Uma
catequese de interação, unindo experiência de vida e formulação da fé.
· Tendo
em conta a vivência e prática atual e o dado a Tradição.
· Deve
existir uma interação entre o Evangelho e a vida concreta.
· É
uma interpelação recíproca, que precisa ser vivenciada na catequese.
· Tudo
deve criar uma unidade profunda dentro do Plano de Deus.
· Só
uma integração da fé e da vida poderá levar a uma verdadeira libertação.
· Não
podemos cair no formalismo, desequilíbrio entre vivência e doutrina.
· A
autêntica catequese é sempre inicial, ordenada e sistemática da revelação de
Deus.
2.6. Lugares da catequese
· Isto
acontece na comunidade cristã: família, paróquia, escola, CEBs, associações.
· Em
ambos devem aparecer a caridade e a comunhão como lugares de vida.
· A
catequese é processo permanente: crescendo o homem, deve crescer o cristão.
· O
papel da família, dos pais, é fundamental nos critérios da fé dos filhos.
· É
importante o ensino religioso nas escolas despertando experiência religiosa.
· São
diferentes ensino religioso e catequese no relacionamento cultura e fé.
· Os
grupos, movimentos e outras associações sejam maduros na fé.
· Os
recursos dos MCS devem ser utilizados no serviço da catequese.
· O
uso dos MCS deve levar à formação de uma consciência crítica.
2.7. Catequese segundo idades e
situações
· A
educação da fé deve ser permanente, organizada e adaptada à realidade.
· A
catequese de adultos deve ser incisiva e coerente em sua proposta.
· Uma
catequese que deve seguir o ano litúrgico e acontecimentos da vida.
· Na
catequese de formação das crianças, a família tem um papel fundamental.
· A
formação litúrgica é fundamental na vida das crianças, adolescentes e jovens.
· A
formação de crianças e jovens deve levá-los a viver e atuar na vida da comunidade.
· Uma
catequese que desperte para a dimensão vocacional como chamado de Deus.
· Despertar
o gosto pela oração, pelo silêncio, o senso crítico, a solidariedade.
· A
criatividade, a liberdade, a responsabilidade, a dar razão de sua fé e os
valores.
· A
doutrina seja anunciada na medida da prática cristã da vida na comunidade.
· O
mais importante não é a doutrina, mas o envolvimento comunitário.
· Os
deficientes físicos e mentais sejam totalmente integrados na comunidade cristã.
· A
comunidade deve prestar atenção e procurar meios adequados para esses casos.
2.8. Missão e formação do catequista
· O
catequista deve apresentar os meios para ser cristão e a alegria de se viver o
Ev.
· Ele
comunica através do testemunho de vida, da palavra e do culto.
· Provoca
inserção na vida da comunidade de forma livre e responsável.
· Para
tudo isto são importantes as Escolas Catequéticas para formação.
· Escolas
que levem o catequista ao processo de transformação do mundo.
· O
catequista tem sua missão no grupo de catequistas para ajudar na formação.
2.9. Textos e Manuais de Catequese
· Os
manuais de catequese devem ser iluminadores da comunidade.
· As
primeiras fontes da catequese foram os fatos e as palavras de Jesus.
· É
importante entender que o uso de manuais não deve substituir a bíblia.
· Devem
apresentar textos bíblicos selecionados com instruções sobre o uso.
· Tenham
clareza doutrinária para ajudar na educação da fé.
· Os
“planos de aula” tenham diferentes objetivos e métodos relativos à fé.
· Um
único manual para todo o Brasil seria inviável e inadequado.
III PARTE: Temas fundamentais para uma
catequese renovada
· O
temário fundamental da catequese é a bíblia, ligando fé e vida.
· Os
temas apresentados têm sua fonte principal no Doc. de Puebla.
· Um
deles é a situação do homem dentro da realidade do mundo de hoje.
· Outro
é o desígnio da salvação de Deus na História narrada pela bíblia.
· A
salvação tem início na criação pelo que Deus nos faz em Cristo para a vida.
· Isto
supõe a verdade sobre Cristo, a Igreja e o Homem, comunhão e participação.
3.1. A situação do homem
· No
processo da salvação, o homem se torna parceiro de Deus.
· Mas
rejeita o amor de Deus, rompe a unidade e deixa penetrar no mundo o mal.
· Surge
o egoísmo, orgulho, ambição, inveja, injustiça, dominação, violência etc.
3.2. Os desígnios de salvação de
Deus
3.2.1. A verdade sobre Jesus Cristo
· Diante
de tudo isto, a bíblia nos apresenta a promessa do Salvador e revela Cristo.
· Isto
Deus realiza numa longa história com sua mão poderosa de Pai.
· O
centro de toda a história é Jesus Cristo, vindo para restaurar toda ordem
temporal.
· O
Verbo, gerado desde sempre, fez-se homem e habita entre nós e nos une ao Pai.
· A
encarnação é o mistério da humanidade e da divindade de Jesus Cristo.
· Compartilhando
a vida do povo, Jesus anuncia o Reino de Deus com ações e palavras.
· O
Reino não é utopia, mas libertação concreta, e chega à plenitude na glória
celeste.
· Em
suas atitudes, Jesus revela o amor de Deus e seu caminho é também nosso.
· Jesus
exige de nós um seguimento radical, fazendo-nos parecidos com Ele.
· O
sacrifício de Jesus, o caminho do seu ministério, tornou-se causa de nossa
vida.
· Como
ressuscitado, fez nascer o Homem novo, e continua em nosso meio.
· Pelo
Espírito Santo, Jesus continua sua presença salvadora no mundo, na Igreja.
· O
Espírito Santo nos reúne em comunidade e nos faz viver no Plano de Deus.
· Cria
unidade na diversidade de dons, dando impulso missionário para a Igreja.
· Deus
que se revela em Jesus Cristo e no Espírito Santo é Deus de comunhão, trino.
3.2.2. A verdade sobre a Igreja
· Jesus
fez nascer a Igreja como de instituição divina, depositária e transmissora do
Ev.
· O
objetivo de Jesus é o Reino, tendo a Igreja como fonte e germe de seu
crescimento.
· A
Igreja é o Povo de Deus indo para o Senhor, não como massa, mas como fermento.
· A
razão primeira da Igreja é a salvação, que acontece no desempenho de sua
missão.
· Ela
é divina, mas no mundo; apostólica e atual; católica e local; uma e múltipla
etc.
· A
Igreja é sacramento de comunhão, que vem da água, da Palavra, do ES e da
adesão.
· O
pecado dificulta a comunhão, exigindo constante caminho de conversão.
· As
divisões contradizem a vontade de Cristo e é escândalo para o mundo.
· Deus
se comunica através de sinais e a Igreja é sinal sacramental de sua ação.
· São
sete os sacramentos na Igreja como sinais sensíveis e eficazes da graça de
Deus.
· Batismo:
nascimento, entrada na vida divina e na Igreja como cristão.
· Eucaristia:
alimento da vida cristã e participação no mistério da morte de Cristo.
· Confirmação
ou Crisma: testemunha de fé no Cristo Ressuscitado e ação do ES.
· Reconciliação
ou Penitência: celebração do perdão após o pecado.
· Unção
dos Enfermos: presença da graça no sofrimento, doença, morte.
· Ordem:
serviço cristão especial, administração dos sacramentos.
· Matrimônio:
amor conjugal, estabelecimento da família cristã.
· Os
Sacramentos santificam o homem, glorificam a Deus e alimentam a fé.
· Todos
eles são o memorial da morte e ressurreição de Cristo, da Páscoa.
· A
liturgia é o ápice e a fonte da vida eclesial acontecida nos Sacramentos.
· Dentro
da liturgia temos o Ano Litúrgico como celebração do mistério de Cristo.
· A
Eucaristia é a prática da justiça na vida da comunidade.
· Ela
significa e realiza a unidade da Igreja e seu crescimento.
· É
importante o destaque de Maria e sem ela não tem como falar de Igreja.
· A
Igreja a venera como Mãe muito amada, com afeto e piedade filial.
· Ela
é Mãe da Igreja, porque é Mãe de Cristo e nossa Mãe em Jesus Cristo.
· Na
Evangelização, Maria é Mãe e educadora da fé em nossa cultura.
· Maria
acreditou com uma fé que foi dom, abertura, resposta e fidelidade.
· É
para nós exemplo de virtude e caminho de santidade da Igreja.
3.2.3. A verdade sobre o homem
· O
homem se afastou de Deus pelo pecado, mas foi redimido em Cristo.
· Com
isto, a Salvação é dom de Deus, que exige resposta do homem.
· Deus
nos criou sem nossa participação e não nos salva sem nossa cooperação.
· No
mistério da salvação, todas as pessoas precisam cooperar e colaborar.
· O
uso do dom da liberdade dignifica nossa condição humana.
· O
pecado tirou-nos a liberdade, recuperada no perdão e no amor de Deus.
· Somos
responsáveis pelo nosso destino, por uma lei colocada em nosso coração.
· Seguindo
fielmente a Lei de Deus, somos dignificados como pessoas.
· Pecar
é agir contra a consciência e contra Deus, causando dano a si mesmo.
· As
situações sociais de pecado corroem a dignidade do homem.
· Pelo
Mistério Pascal, Cristo nos reconciliou com o Pai e continua nos perdoando.
· Pela
Unção dos Enfermos somos aliviados no sofrimento e fortalecidos na doença.
· Mesmo
passando pelas fraquezas do pecado, somos destinados para a vida eterna.
3.3. Os compromissos do cristão
· A
fé é adesão e obediência à vontade de Deus que nos interpela para a missão.
· A
nossa resposta à fé é dom de Deus sob a moção do Espírito Santo.
· Fé
não é ideologia, mas adesão à pessoa de Jesus Cristo e à sua mensagem.
· Não
é adesão a princípios morais, mas a atitudes no plano de salvação.
· Fé
animada pela caridade e presente no compromisso social.
· Isto
exige maturidade confirmada na Crisma e na presença do Espírito Santo.
· A
fé só cresce quando participamos da vida da comunidade eclesial.
· Ela
tem expressão viva e motivadora nas celebrações litúrgicas.
· Assim
a pessoa de fé se torna construtora da história da comunidade.
· História
conforme a práxis de Jesus, de corresponsabilidade na ação.
· Essas
lutas de transformação devem ser celebradas na Eucaristia.
· No
contexto eclesial, a Igreja precisa sempre se auto evangelizar e converter-se.
· Na
Igreja cada um é chamado a um serviço (vocação) dentro da comunidade.
· No
Sacramento da Ordem temos os bispos, os presbíteros e os diáconos.
· Temos
na Igreja os religiosos, que testemunham uma vivência evangélica radical.
· Vivemos
a fé, em primeiro lugar, na família, “Igreja doméstica”.
· A
lei do amor conjugal deve ser comunhão e participação, e não dominação.
· A
graça do matrimônio ajuda a superar conflitos, dificuldades e tentações.
· O
trabalho é útil e dignifica o homem dentro da ordem: “Dominai a terra”.
· O
homem é o sujeito, o autor e o fim do trabalho, transformado em gesto
litúrgico.
· O
amor fraterno exige formar estruturas sociais e política global.
· A
fé deve ordenar todas as atividades sociais e políticas.
· Toda
a Igreja deve ter responsabilidade por uma política do bem comum.
· O
cristão não pode ser omisso diante das injustiças, mas exercer sua função
política.
· É
importante estar num partido político, sabendo que ele não é o todo;
pluralismo.
· A
opção pelos pobres é sinal de autenticidade evangélica e sinal messiânico.
· Os
pobres merecem dos cristãos uma atenção toda especial em sua condição.
· Eles
têm um potencial evangelizador, pois nos interpelam à conversão.
· Sendo
solidário com os pobres, devemos superar o “ter mais”, e “ser mais”.
· A
raiz da pobreza é social, fruto de injustiça e desrespeito aos direitos
humanos.
· Trabalhamos
por uma sociedade mais solidária e fraterna, mais justa.
· Na
busca da paz, devemos construir uma nova ordem social.
· Vivemos
um crescente pluralismo religioso e ideológico e depende de diálogo.
· O
diálogo entre os que têm a mesma fé em Cristo une esforços de ação.
· Devemos
seguir o exemplo e a coragem dos Santos na construção do Reino de Deus.
· A
verdadeira comunhão só vai acontecer no encontro definitivo com o Pai.
IV PARTE: A comunidade catequizadora
· A
catequese é processo dinâmico na educação da fé e itinerário formativo.
· O
estilo catecumenal tem que estar unido a uma vivência comunitária litúrgica.
· São
etapas prolongadas de iniciação à vida cristã seguindo passos pedagógicos.
· Inclui:
conversão, fé em Cristo, vida em comunidade, sacramental e compromisso.
· Não
basta planejar se não há integração da comunidade com o Evangelho.
· A
caminhada na educação da fé deve durar a vida toda, sem limite de tempo e
lugar.
· É
preciso formar comunidades catequizadoras na construção do Reino de Deus.
4.1. Exemplo de itinerário
catequético de uma comunidade
· Elementos:
união entre os membros; abordagem da realidade; vida eclesial; fé.
· Esses
elementos crescem quando a comunidade caminha em sua própria história.
· A
oração em comum e a leitura da Palavra de Deus formam comunidades unidas.
· Forma-se
uma devoção popular a Nossa Senhora e aos Santos como forças de união.
· A
força de unidade da comunidade é concretizada com a leitura da Palavra de Deus.
· A
reflexão da Palavra de Deus faz com que a figura de Cristo tenha mais peso.
· Com
isto cresce a colaboração e a solidariedade entre os membros da comunidade.
· Os
problemas pessoais e comunitários começam a ser assumidos coletivamente.
· Surge
o passo da formação social e descoberta das raízes do mal que atinge a todos.
· Aparecem
gestos públicos: defesa dos direitos humanos, denúncias, mutirões etc.
· A
fé caminha na busca de cursinhos bíblicos e maior formação de consciência.
· As
celebrações passam a ser mais comprometidas, unindo fé e vida comunitária.
· Outro
passo desafiante é assumir tarefas sindicais, políticas e empresariais.
· É
importante a descoberta da presença do cristão no mundo temporal e
transformá-lo.
· As
comunidades cristãs devem ser portadoras de critérios baseados no Evangelho.
· Aparece
a importância da articulação dos movimentos sociais: associações, sindicatos.
· É
o momento realmente catequético, da decisão de fé explícita e madura.
· É
a consciência de que “sem Jesus nada o homem pode fazer”; “nele tudo pode”.
· Momento
em que Jesus é visto como Filho de Deus, Senhor e Salvador.
· É
preciso reconhecer o pecado como raiz dos males na sociedade e exige conversão.
· A
conversão leva a uma nova maneira de ser e ver como povo de Deus.
· Tudo
supõe uma adesão total a Jesus Cristo fazendo-nos salvadores com Ele.
· O
Evangelho e sua realização constituem para os cristãos sua razão de viver.
· A
catequese acontece por passos até chegar a “novos céus e nova terra”.
4.2. Que fazer quando ainda não
existe comunidade?
· O
processo catequético acontece na interação entre comunidade e Evangelho.
· Muitas
pessoas são desligadas da comunidade eclesial, mesmo sendo batizadas.
· Com
elas é preciso pregação e contatos de interesse em diversos campos.
· Aproveitar
as ocasiões especiais que atraiam a todos na comunidade.
· De
fato, a comunidade é condição indispensável para o processo catequético.
Conclusão
· Vimos
os rumos, princípios, exigências, temas e perspectivas da catequese.
· A
afirmação é de que a catequese é um processo de educação comunitária.
· Ela
é permanente, progressiva, ordenada, orgânica e sistemática da fé.
· A
finalidade da catequese é a maturidade da fé, já na terra e termina na
eternidade.
· Para
isto devemos invocar o Espírito Santo, primeiro agente da Evangelização.
· Invocamos
N. S. Aparecida, grande catequista, a sustentar a fé e a esperança do povo.
Fonte: Documento da CNBB, 26
Síntese feita por Dom Paulo Mendes
Peixoto
Arcebispo de Uberaba.